A fé cristã e a fé católica

           A graça e a paz amados irmãos!


           A visita do papa Francisco ao Brasil que ocorreu entre os dias 23 a 28 de julho de 2013 chamou a atenção pela grande mobilização do aparato público, de algumas emissoras de televisão, e sobretudo dos jovens, pois era celebrada a XXVIII Jornada Mundial da Juventude, que é um evento celebrado pela Igreja Católica desde 1986 e que vem se repetindo a cada dois ou três anos.

             Na intensa cobertura do evento realizada por algumas redes de televisão do Brasil, algo me chamou uma atenção especial, não apenas por ser várias vezes repetidas por repórteres mas também por religiosos católicos, que foi o termo "fé católica" quando se referiam aos trabalhos deste evento.
         É bem verdade que a Igreja Católica busca reforçar sua presença no continente latino-americano, que ainda detém a maioria dos seus fiéis, contudo o uso enfático deste termo, ao invés de promover a união cristã, cujo propósito originado no Concílio Vaticano II, foi abraçado pelo atual papa, suscita naqueles que estudam e se ocupam de assuntos religiosos, um estudo aprofundado desta questão e no uso dos princípios da Lógica, Razão e Sentido, que sempre fazemos questão de expor em nossos textos, somos obrigatoriamente dirigidos às seguintes proposições:
         a) O que prega a Igreja Católica? A fé cristã, originada no Evangelho deixado por Cristo ou uma outra fé, que incorpora o evangelho e novos elementos?
     b) Considerando que os sacerdotes católicos são pessoas bem informadas e conscientes, estaria então a liderança católica reafirmando a manutenção dos seus dogmas e liturgia?
       c) Que a liderança Católica crê que não obstante o evidente crescimento das chamadas Igrejas Protestantes no mundo, a Igreja Católica reúne valores capazes de fazer-se sustentar?
        d) Que a chamada "fé católica" dentro do atual cenário cristão mundial, formado por mais de 55.000 denominações chamadas cristãs, embora possa conter heresias e sofismas, possa sustentar-se, quando comparada com aquilo que é pregado por diversas igrejas chamadas protestantes?
      e) Que a Igreja Católica pode sustentar-se devido ao seu arcabouço patrimonial e financeiro advindo de bens e rendas além dos dízimos e ofertas, de inúmeras instituições de ensino e de saúde, arcabouço este também empregado por outras igrejas chamadas protestantes?
     f) Ou que, considerando as proposições acima,  ao ponto em que hoje chegou o cristianismo, é menos complicado defender uma fé católica, adventista, ortodoxa, luterana, presbiteriana, evangélica ou qualquer outra que se nomine cristã, do que a poderosa simplicidade da genuína fé deixada no Evangelho de Cristo?
      g) E finalmente, que é pelo fato por ela defendido que é a única Igreja que representa a continuação do ministério dos Apóstolos, que faz o uso deste termo, apontando para a legalidade de ser, a seu ver a "Igreja original"?
             Como temos afirmado em nossas postagens. vivemos o tempo em que é ordenada a medição do altar do santuário de Deus e todos os que nele adoram! (Apocalipse 11:1) e que medição com a cana que foi dada ao Apóstolo e Profeta João (chamada kalamos no original grego). para medir a Igreja Cristã e sua liderança, por ser extensa, deva ser compartilhada com os cristãos sinceros e sensatos, assim, cremos que estes cristãos estão dentro destas cerca de 55.000 denominações, incluindo a católica. Falando com sinceridade e sensatez, esta medição não se restringe à Igreja Católica, mas não é este o foco desta matéria.
           Se a Igreja Católica não se sente suficientemente fortalecida para uma renovação sincera, sensata e profunda, certamente hoje, pode contar com um fato que transcende todas as denominações cristãs, que é a presença das duas testemunhas no seio da Igreja, cuja missão primordial é ornar a noiva para o encontro com Cristo! (Vejam o texto "A morfologia das duas testemunhas" no link: http://www.asduastestemunhas.blogspot.com.br/) e (http://www.asduastestemunhas.blogspot.com.br/p/ornando-noiva.html)
             No uso da sinceridade e sensatez, atributos essenciais às duas testemunhas, o fato de se decidir por defender uma "fé católica" em detrimento da "genuína fé cristã", será motivo de intensos debates, cujo objetivo, como dissemos acima, visa ornar uma única e verdadeira noiva para Jesus. Neste sentido, não devemos ignorar os motivos que levaram a Única Igreja criada por Cristo (João 17) a estar hoje dividida em dezenas de milhares, considerando a Igreja Católica, seja a Romana, Ortodoxa ou Copta como a mais antiga instituição cristã e os motivos da reforma protestante, que se apóia nos pilares das cinco solas que levam à salvação: (Sola fide - somente a fé), (Sola Scriptura - só a Escritura), (Solus Christus - só Cristo), (Sola Gratia - só a Graça) e (Soli Deo Gloria - Glória somente à Deus).

                  Vamos inicialmente tecer alguns comentários sobre a fé católica, que como temos comentado em postagens anteriores, surge inicialmente com a fundação da Igreja em Roma, passando pelo chamado Cisma do Oriente, pela contra-reforma e com o passar dos séculos incorpora novos dogmas e liturgias. De fato a Igreja Católica Apostólica Romana abriga cerca de 98% dos católicos e segundo afirmam e creem sua liderança, é a Única Igreja Cristã. De fato ela carrega o termo Apostólica em seu nome, por ser, segundo afirmam sua liderança, a continuidade do ministério dos Apóstolos, mas porque não tem em seu nome o termo Cristã em vez de apostólica, se esse ministério se inicia em Cristo? O nome Católica é consagrado no Concilio de Nicéia (ano 325) depois de ser largamente usado nas cartas de Inácio de Antioquia e o termo Romana surge em decorrência do cisma que separou a Igreja latina da grega, quando os bispos do oriente não aceitavam a interferência do Imperador Constantino naquele concílio. 
          Em 07 de Março de 321 é proclamado o Édito de Constantino que diz: "Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol...", valendo lembrar

 que Constantino, embora se declarasse cristão era adepto

do mitraísmo que adorava o "deus sol" aos domingos. A

Igreja Católica Romana, no Concílio da Calcedônia em 364

adota o domingo como dia de descanso em substituição a

sábado, até então usado pelos cristãos por mandamento 

bíblico. A alegação da Igreja é que Jesus ressuscitou num 

domingo e isso justificaria a mudança. 

                O dogma do purgatório e a oração pela alma dos

mortos, proclamados no Segundo Concílio de Lyon (1274)

contradiz as escrituras que afirmam em Apocalipse 14:13,

Apocalipse 20:4-6 Apocalipse 20:12-13, que não deixam

qualquer dúvida de que nenhuma oração ou ritual mudará o

destino de um morto, mas que este destino está

exclusivamente nas mãos de Deus, no Grande dia do

 Juízo final.

                Os dogmas marianos e de veneração aos santos

são também doutrinas que fazem diferenciação entre a

cristã e a fé católica, pois eleva Maria e outros homens e

mulheres à condição de seres já julgados, oniscientes e

onipresentes, ou seja, os textos de Apocalipse acima citados

afirmam que todos os que morrerem antes do Juízo Final,

com exceção  daqueles que morreram resistindo ao 

anticristo, somente ressuscitarão para este Juízo e, mesmo

após o julgamento, não terão os dons da onisciência e

onipresença, tampouco da onipotência, assim, dirigir 

petições  à Maria e àqueles que tiveram uma vida

santificada sendo homens ou mulheres, não se coaduna 

com as Escrituras, pois estes, além de não serem 


ressurretos tampouco são oniscientes ou onipresentes,


atributos necessários para quem deve atender


simultaneamente, centenas ou milhares de orações.


               
        A permissão de inúmeras intervenções de imperadores 

romanos nos assuntos da Igreja, como convocação de

concílios e estabelecendo leis que obrigassem os fiéis a

acatarem as decisões de diversos papas, foram outros erros

cometidos pela igreja romana e que contradizem as

Escrituras, porque Jesus afirmou que Ele, por meio do

Espírito Santo, é quem estabeleceria os rumos da Igreja 

(Efésios 5:23), não cabendo esta tarefa a nenhum

sacerdote. É necessário o trabalho daqueles que organizam

e administram a Igreja, que é formada por seus membros e

possuem templos e outras instituições que necessitam de

pessoas para funcionarem, mas estes,devem tudo fazer

para a honra e glória de Jesus Cristo e não para a glória de

homens, ou seja, ao homem foi determinado gerir as coisas físicas da Igreja, mas as espirituais, estas cabem exclusivamente à Jesus, por intermédio do espírito santo.
            A cerimônia de canonização é também outra doutrina que não tem respaldo das Escrituras, pois pressupõe a possibilidade de um homem ou colegiado de homens julgar, post mortem, outro homem por suas obras, o que já vimos contradiz os textos de Apocalipse acima citados.
                Para não falar de inúmeras outras práticas e dogmas existentes no seio da Igreja Católica Romana, de fato, um grande abismo separa a fé católica da fé cristã, ao que, para a aproximação da Igreja Cristã, conforme prescreve o Concílio Vaticano II e igualmente muito desejava Cristo pouco antes de sua morte, em sua oração sacerdotal, será necessária uma vasta e urgente reforma, pois os fatos revelados nesta presente geração apontam que é tempo de medir o altar do santuário de Deus e todos  os que nele adoram.
            Já falamos destas questões em outras páginas deste canal (ver http://www.asduastestemunhas.blogspot.
com.br/p/aparando-as-arestas.html), que fala sobre a restauração da Igreja  e também  http://www.asduastestemu
nhas.blogspot.com.br/p/o-funil.html, que trata de fatos revelados que determinarão os rumos da Igreja nos últimos dias que antecedem a vinda de Cristo.

                 Que o Senhor Jesus, a quem foi dado todo o poder no céu e na terra (Mateus 28:16-20) e único digno de abrir o Livro Selado (Apocalipse 5:1-5), o alfa e o ômega, venha sem demora estabelecer o Reino de Deus sobre a terra e os homens.

4 comentários:

  1. Que estudo fantástico, muito bem embasado, rico em conhecimento e de fácil entendimento. Que Deus o abençoe.

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  2. Excelente explanação.
    Parabéns ao autor.

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