O Criador (Parte II)

          ATENÇÃO: Esta é uma série de estudos, por isso sugerimos que leiam esta série sequencialmente para que acompanhem o desenvolvimento do raciocínio que pretendemos levar aos nossos leitores. Você encontrará os links desta série ao final deste texto. Obrigado

             Amados irmãos, quando Deus revelava à Moisés o segredo da criação, certamente o fez a partir do ponto de vista terrestre, portanto para melhor compreendermos o que Deus quis revelar devemos partir do ponto de vista de moradores da terra. 
   No estudo "O Criador (Parte I) (ver o link: http://asduastestemunhas.blogspot.com.br/p/o-criador.html) tratamos dos dois primeiros versículos do Capítulo I do Livro de Gênesis e agora neste segundo estudo vamos tratar dos versículos 3 ao 10, e como sempre procurando contemporizar estas revelações ao conhecimento científico até então disponível, como sempre fazemos em todas as nossas postagens. Sigamos então adiante:



              E disse Deus: Haja luz; e houve luz. Conforme estudamos na parte I, Deus já havia criado os céus e a terra, no entanto a terra estava sem forma, vazia e coberta por água ácida, gases e fumaça, que tornava a visibilidade sobre a superfície das suas águas totalmente escurecida. Para que os raios solares atingisse a superfície da terra, até então totalmente coberta por água era necessário que esta camada de gases e fumaça fosse dissipada, mas como iniciar este processo? A forma tal como foi escrita por Moisés nos dá a impressão de que o processo de criação de Deus foi um ato contínuo e imediato, de que os seis dias da criação foram literalmente seis dias de vinte e quatro horas tal como conhecemos hoje, mas isso não é, necessariamente, uma verdade, mas ao contrário, temos muitos elementos atualmente, pelos quais podemos afirmar que esses seis dias foram bilhões de anos, mas inegavelmente, temos de concordar que existe uma sequência lógica na ordem com que o processo de criação se deu. (Veja este vídeo do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=yAO9QVrEa-E)

                       Uma vez percebida a possibilidade de que a terra teria as condições de acolher vida vegetal e animal, ainda que estivesse coberta por água ácida, gases e fumaça tóxica, haveria de ter uma intervenção neste planeta para que então pudesse dar início à implantação de vida em seu solo, mas para tanto sua água e atmosfera deveriam ser descontaminadas e também que superfícies sólidas emergissem das águas, para que pudessem abrigar tipos de vidas vegetais e animais terrestres e a primeira providência necessária seria possibilitar que os raios solares pudessem chegar até à superfície das águas. Para que houvesse uma descontaminação das águas e da camada de fumaça que cobria o planeta terra era então necessário que se reduzisse substancialmente a atividade dos vulcões e fissuras na crosta terrestre que produziam estes elementos tóxicos. Grande parte dos vulcões submarinos que estavam a grande profundidade com o tempo foram sufocados pela pressão ocasionada pelo peso das águas fazendo com que a lava e o magma produzido se resfriasse tão rapidamente que transformavam imediatamente em areia e pedras, impedindo a atividade dos mesmo.

              Com o tempo o teor da contaminação das águas e da camada de fumaça começou então a diminuir, permitindo a penetração dos raios solares. Notem irmãos, que estamos tratando da criação a partir do ponto de vista terrestre, conforme dissemos no início deste estudo, hoje sabemos que o sol, astro com um volume 1.300.000 vezes maior do que a terra, já tinha suas atividades quando a terra ainda se formava, portanto não há contradição alguma na bíblia. A difusão cada vez maior dos raios solares sobre a superfície das águas terrestres permitiu que se iniciasse o processo de evaporação e consequentemente de chuvas, acelerando a despoluição da camada de ar imediatamente em contato com a superfície das águas que ainda cobria totalmente o planeta. 



              E viu Deus que a luz era boa; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. Podemos compreender perfeitamente que enquanto a terra estava coberta por uma grossa camada de fumaça não havia como haver separação entre dia e noite, luz e escuridão, contudo, na medida em que os raios solares passaram a atingir a superfície terrestre, então o processo de rotação da terra começou a revelar o fenômeno do dia e da noite, sendo esta causada pela sombra da própria terra sobre a superfície que não está direcionada para o sol. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. Deus providenciou  no primeiro dia todas as condições para que se iniciasse toda a criação sobre a face da terra.

              E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. O processo de evaporação iniciado com a chegada dos raios solares até à superfície das águas terrestres fez com surgisse junto à fumaça que cada vez mais se dissipava, vapores de água em suspensão e estes vapores eram imediatamente colados à superfície das águas, tal como uma neblina espessa, assim haviam no planeta águas líquidas ainda ácidas, mas não tanto como no começo e águas em forma de vapor colada às estas; o processo de evaporação não se dava da superfície para as nuvens tal como ocorre atualmente. Deus criava a troposfera, a camada que abriga todas as formas de vida terrestre e onde ocorre a grande maioria dos fenômenos atmosféricos que hoje conhecemos e essencial à vida em nosso planeta. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.



                           Hoje sabemos que o processo de evaporação dos mares e das florestas são indispensáveis ao equilíbrio térmico da terra, além de purificar o ar. Além de um ar puro, era também necessário um equilíbrio térmico para que houvesse forma de vida em qualquer lugar além, obviamente de água, e para que este processo ocorresse foi essencial a separação entre as águas fixas e as águas evaporadas. E chamou Deus à expansão Céus. 
                   E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca, assim foi. A atividade daqueles vulcões que se encontravam em águas rasas fez com que os dejetos produzidos fossem se acumulando ao seu redor, formando ilhas que emergiam das águas.
                     
                   O processo de descontaminação das águas e do ar somada à difusão cada vez maior dos raios solares sobre o planeta, faz com que se inicie o processo de vida vegetal marítima nas águas mais rasas e com o tempo permitiu que as areias  levadas pelas correntes marítimas se fixassem junto à essa vegetação e consequentemente, começava a surgir grandes superfícies terrestres emergidas das águas. E chamou Deus a porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. As condições da terra possibilitava formas rudimentares de vida, mas ainda não estava preparada para acolher formas mais sensíveis de vida, como diversas espécies vegetais e animais, como o homem. O processo de criação ainda continuava e se aperfeiçoava dia após dia, de modo que surgisse um sistema auto-sustentável. Para tanto era necessária uma nova intervenção no planeta, de maneira que se formassem biomas capazes de auxiliar no processo de descontaminação da atmosfera, que começava a se formar.
                         E foi a tarde e manhã, o dia segundo.

Por Nelsomar Correa, em 11/07/2014

       Enriqueça sua leitura lendo também estes estudos:

        O Criador (parte VII)

                             

Um comentário:

  1. Este estudo, me levou a refletir em 2 Pedro 3:8 que diz: "Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia."

    Paz e graça!

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