Quem são as duas testemunhas?

                 No ano de 2010 começamos nossa missão de tratar dos fatos revelados sobre as duas testemunhas e lembro que naquela época eram raras as publicações sobre este assunto tão importante, cujo ministério dará origem ao tempo do fim, profetizado desde o tempo dos grandes profetas bíblicos do antigo testamento e melhor detalhado no livro de Apocalipse (ou Revelação).
               Neste estudo focamos a atenção para o problema das interpretações imprecisas, sem o devido cuidado com o adequado uso da exegese e hermenêutica, às quais devem se somar o cuidado com o uso da lógica, razão e sentido, aplicados no estrito significado destes conceitos, principalmente quando se trata de dar uma identidade bíblica às duas testemunhas, pois estes dois profetas são os únicos personagens bíblicos apresentados como enviados de Deus para proclamarem o tempo do fim e dar o testemunho que fará com que nenhuma pessoa sobre a face da terra possa mais duvidar de que o nosso Deus é o verdadeiro Deus.

                     O problema da correta interpretação sobre quem são as duas testemunhas começa a aparecer quando se deixa de lado uma interpretação literal do texto bíblico e assim interpretações figurativas completamente desprovidas de lógica, razão, sentido, exegese e hermenêutica são apresentadas e equivocadamente absorvidas por muitos cristãos, que não buscam o devido aprofundamento no estudo deste tema. Algumas destas interpretações equivocadas afirmam que as duas testemunhas são o Velho e o Novo Testamento. Obviamente nenhum cristão deve discordar que o Velho e o Novo testamento foram escritos por pessoas inspiradas pelo Espírito Santo e deram testemunho dos fatos de suas gerações e também registraram as profecias para o tempo do fim, contudo chamar o Velho e o Novo Testamento de profetas, ungidos, que de suas bocas saem fogo, que se alguém quiser lhes fazer mal ou causar algum dano convém que seja morto e ainda mais, que morrerão, ressuscitarão e serão ascendidos ao céu diante dos olhos de todos os moradores da terra é uma afirmação plenamente desprovida de tudo que se exige para que uma proposição seja racional e espiritualmente aceita por qualquer pessoa, seja ela cristão ou não, justamente por ser muito simplista, bem ao contrário dos fatos que acompanharão este ministério.

                  Outra interpretação simplista, equivocada e igualmente desprovida do lastro da lógica, razão, sentido, exegese e hermenêutica é que as duas testemunhas são a Igreja e as Escrituras, focando na profecia de que enquanto o Evangelho não for pregado a todos os povos o retorno de Cristo não ocorreria. Compreendemos que a Bíblia afirma que o retorno de Cristo não ocorrerá enquanto os povos da terra não tenham conhecimento de quem é Jesus Cristo e de sua pregação, mas os argumentos contrários e esta proposição são as mesmas para a que afirma que as testemunhas são o Velho e o Novo Testamento, ademais a Bíblia não afirma que somente à Igreja caberá a missão de pregar o Evangelho, pois está previsto que durante a Grande Tribulação Deus enviará anjos a proclamarem o evangelho aos povos, nações e tribos (Apocalipse 14:6-7).
                 Outras interpretações ilógicas dão conta de que estes dois profetas representam o governo civil e religioso de Israel durante a grande tribulação, que são profetas bíblicos como Malaquias, Jeremias, Isaías, Ezequiel, Elias, Enoque, Moisés, Zorobabel e até mesmo o próprio Apóstolo João, porém dentre estes os mais cotados são Moisés, Elias e Enoque. Então vamos compreender melhor o motivo porque não são nenhum destes, conforme temos afirmado em outros estudos deste blog.
                  Primeiramente partindo de um princípio bíblico de que "ao homem é dado morrer uma única vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9:27), podemos eliminar a maioria destes personagens, com exceção de Elias (2 Reis 2) e Enoque (Gênesis 5:24, Hebreus 11:5), que segundo a Bíblia foram arrebatados por Deus. Quanto à Moisés, embora alguns cristãos pensem que tenha também sido trasladado devido ao fato de ter sido visto junto com Elias na transfiguração de Jesus na montanha (Mateus 17:1-8), a verdade é que Moisés se separou de seu povo e morreu no monte Nebo, sem entrar na terra prometida (Deuteronômio 32:48-52, Deuteronômio 34:5-7, Números 27:12-13), por isso mesmo não pode também ser uma das duas testemunhas.

               O profeta Elias é o mais cotado como uma das duas testemunhas, pois além de ter sido trasladado e ter sido visto pelos apóstolos Pedro, Tiago e João na transfiguração de Cristo na montanha, há também a profecia de Malaquias 4:5-6, na qual Deus diz que enviaria Elias antes do grande dia do Senhor, mas lendo melhor todo o capítulo 4 percebemos que este envio de Elias seria para anunciar a primeira vinda do Messias Jesus e isso é confirmado quando Jesus é questionado que antes de sua vinda o profeta Elias viria para anunciar o arrependimento e amaldiçoar a terra e Jesus lhes responde que Elias havia vindo mas não lhe deram importância: era João Batista, que fora preso e degolado por Herodes (Mateus 11:12-15), portanto João Batista veio no espírito de Elias e não confundam isso com a doutrina da reencarnação, embora alguns cristãos admitam que no âmbito de Deus isso possa ser possível. Portanto a interpretação de que uma das testemunhas seja o profeta Elias está em desacordo com a Bíblia.  
               Dentre os citados resta então apenas Enoque, mas pouco se sabe sobre ele; podemos dizer que diante de uma geração perversa Enoque foi um homem que andou com Deus, sendo o que mais O agradou desde Adão. Enoque foi o que menos viveu desde seus antepassados, sendo a sétima geração desde Adão, tendo vivido com ele por 308 anos, quando foi arrebatado por Deus, aos 365 anos, devido à sua fé perseverante e conduta diferenciada, mas a ele não é atribuído dons espirituais de maravilhas, curas e outros dados a outros personagens bíblicos, assim como aos que foram dados às duas testemunhas.

             Ainda que interpretemos que as testemunhas venham no espírito de Enoque e não sejam uma reencarnação sua, restam ainda vários problemas de lógica, sentido, exegese e hermenêutica, além do fato de que os poderes espirituais dados às testemunhas não eram vistos em Enoque. Como só restou Enoque dentre este, Elias e Moisés, cabe então considerar que as testemunhas são dois homens, embora a revelação que temos anunciado neste canal é que estes têm o mesmo dna (ácido desoxirribonucleico) (veja o texto: "A morfologia das duas testemunhas". Como descrevemos neste texto e conforme revelações proféticas e também na maneira subliminar com que esta informação é repassada no texto de Apocalipse 11, poderíamos então compreender que embora sejam dois homens, estes poderiam sim ser uma cópia genética de apenas um outro que já exista no paraíso, como por exemplo Enoque, o único que ainda resta de todos os mencionados, porém além das diferenças espirituais entre Enoque e as duas testemunhas, existem sérios problemas nesta proposição, como por exemplo: A Bíblia nos informa que no céu não entrará carne nem sangue (1 Coríntios 15:50), ou seja, este nosso corpo corruptível e mortal será transformado numa outra espécie de corpo incorruptível e eterno para que possa adentrar aos céus, logo então, surge um problema de lógica: Se Enoque teve seu corpo transformado durante a seu traslado ao céu, por mérito em sua conduta irrepreensível diante de Deus, por que motivo e de que modo então voltaria a ter um corpo corruptível e mortal como têm as duas testemunhas? Para responder esta pergunta temos de nos recordar que no princípio o homem (Adão) tinha um corpo incorruptível e eterno, que devido ao pecado tornou-se corruptível e mortal, deste modo toda a humanidade é nascida do pecado; logo, para que Enoque ou outra pessoa que viva no paraíso torne-se em alguém nascido do pecado, tornando-se então um ser mortal é necessário então que também nasça do pecado, ou seja, que nasça de uma mulher, tal como Jesus, que antes de ser gestado era um ser eterno e imortal. 
            Podemos admitir então que João Batista possa ter sido uma cópia genética de Elias, tendo herdado o espírito que Deus deu a ele, mas nunca que isso seja uma reencarnação, mas quando se trata de admitir que o mesmo tenha acontecido com Enoque com relação às duas testemunhas, esta relação não se completa, pelo fato de que há divergências entre o espírito dado a Enoque e ao dado às duas testemunhas. 

                Não podemos deixar de informar também que além destes personagens já citados, também foi mencionado um outro, cuja missão foi muito parecida com a missão que caberá às duas testemunhas: o texto de Apocalipse 11 diz que estes dois profetas profetizarão por três anos e meio vestidos de pano de saco, que terão poderes para fechar o céu no dia em que profetizarem, que poderão afligir a terra com flagelos e aos seus inimigos com fogo, que depois de darem o testemunho que devem dar, a besta que emerge do abismo lhes fará guerra e as matará, que ficarão mortos por três dias e meio, que ressuscitarão e ascenderão ao céu, sendo visto por todos os moradores da terra. Embora Jesus não tenha em seu ministério apresentado tamanhos poderes destrutivos, Ele é a pessoa cujo espírito e missão mais se assemelha ao espírito e missão dados às duas testemunhas. 

               Embora não possamos afirmar categoricamente que as duas testemunhas são então uma cópia genética de Jesus-homem, existem algumas informações subliminares em Apocalipse 11 que merecem uma reflexão mais aprofundada: a primeira reflexão é o motivo de Jesus chamar estes dois homens mortais de "minhas duas testemunhas", ou seja, darão testemunho Dele: de seu poder, de sua morte, ressurreição e ascensão ao céu; a segunda reflexão necessária é que estes dois profetas serão mortos e velados numa cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o "Seu Senhor" foi crucificado. Assim como nós, muitos intérpretes da Bíblia não vêem esta cidade como Jerusalém, onde Jesus foi crucificado, mas qualquer outra cidade em qualquer outro país, desta forma, como temos dito em outros textos que produzimos, esta informação traz uma relação mais que espiritual, quase que física, como se Jesus visse em suas mortes a sua própria morte, ou a morte de seu próprio corpo, ou a morte de duas cópias de seu corpo. Quando dizemos estas coisas algo como um amargor no estômago nos acomete (Veja Apocalipse 10:9-10).
                Mas que cidade é esta que possamos chamá-la de Sodoma e Egito? Não por acaso a revelação das identidades das duas testemunhas, que temos tratado neste blog se deu em Brasília, a capital de um país muito conhecido pelo carnaval, onde a exposição de corpos nus e seminus se torna mais expressiva e também a cidade cuja destinação espiritual aflorada é percebida não apenas por esotéricos, mas também por cristãos católicos e até mesmo protestantes e evangélicos (leia o texto neste link: http://cutucandooncacomvaracurta.blogspot.com.br/2011/02/o-futuro-da-humanidade-e-civilizacao.html e também http://naohareligiaosuperioraverdade.blogspot.com.br/2012/02/akhenaton-o-egito-e-brasilia.html)
         

                           Temos tido o cuidado desde a revelação das identidades das duas testemunhas no ano de 2005, em não expor ninguém a uma situação ridícula, contudo existem mistérios na Bíblia que merecem maiores investigações para que possamos compreender melhor o propósito maior de Deus para a humanidade. Nenhum católico ou evangélico poderá discordar que os livros de Ezequiel, Daniel e Apocalipse são quase que totalmente tomados por mistérios; a propósito, no dia da revelação das identidades das duas testemunhas, uma voz vinda do céu (Apocalipse 10:8) disse que os mistérios de Deus são insondáveis, logo, estamos amparados para dizermos tais coisas.
                   Que seja feita a vontade de Deus pai e filho nos céus e na terra!


Por Nelsomar Correa em 10/07/2014


7 comentários:

  1. Paz seja com os trigos. Perguntei a Deus: Quem são as duas testemunhas? Deus me mostrou num sonho uma densa nuvem sendo cortada por um forte relâmpago, tapei meus ouvidos esperando um tremendo trovão, mas só ouvi a voz de Deus dizendo: Gilmar Santos e David Owuor. Deus ilumine aos trigos.

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  2. Calma unknow, por enquanto estamos preocupados em saber quem é a matriz genética das duas testemunhas, o que é um assinto muito sério para se levar para o campo das brincadeiras, pois as duas filiais já são conhecidas de um seleto grupo de pessoas, que aguardam o deslinde dos fatos.

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  3. Pra mim essas duas testemunhas é comparada com misterios de Deus não revelado . é dificio saber isso aí na area escatologica . talvez sege a parte mais dificil da escatologia . As Duas Testemunhas .

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    1. Graça e Paz. Tens razão irmão Joel. Tal como era a expectativa quanto à primeira chegada de Cristo há mais de 2000 anos atrás, quando os fariseus e escribas esperavam alguém que os livrariam do domínio romano e se depararam com um humilde carpinteiro. Diferentemente do pensa o irmão Amin Schaff, as duas testemunhas têm uma missão específica, cuja qual está descrita de forma subliminar. Todo cristão verdadeiro é uma testemunha dos nove dons espirituais que foram derramados sobre a Igreja de Cristo. Cristo as chama de "Minhas duas testemunhas", logo estes dois profetas dão testemunha Dele próprio.

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  4. Apocalipse 10.4: Logo que os sete trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz dos céus, que disse: Sele o que disseram os sete trovões, e não o escreva.
    Por que não pensar nas Duas Testemunhas como a Igreja do Antigo Testamento (Isaías 43.10), o Israel de Deus, e a Igreja Apostólica de Cristo (Atos 1.18). Observem o que diz Apocalipse 11.1-12. Não estaria aí a chave do Ressurreição dos Mortos que esperavam o Messias e de todos os cristãos e do Arrebatamento da Igreja...

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    1. De fato irmão Amin. Todo cristão não só é uma testemunha em potencial de todos os ensinamentos de Cristo e dos nove dons espirituais que foram derramados sobre a Igreja e cabe a cada cristão convicto dar testemunho disso e fazer discículos.

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