A justiça cocota



                    "Pois sei que são muitas as vossas transgressões, e graves os vossos pecados; afligis o justo, aceitais peitas, e na porta negais o direito aos necessitados"  Amós 5:12


 O significado do nome Amós é "carregador de fardos" e carregar a cruz de Cristo, que é o princípio de todo aquele que abraça o Evangelho deixado por Ele, em grande parte, significa também ajudar os mais fracos carregarem seus fardos. Quando Deus usava os profetas no Antigo Testamento, estes não falavam apenas para o povo, mas sobretudo para os governantes.
 O mundo ocidental, além das filosofias greco-romanas, fundamenta-se também na teologia judaico-cristã e assim, algumas instituições inspiram-se mais nestas filosofias e outras mais teologicamente. Quando buscamos nos equilibrar entre estes dois caminhos, neste mundo contemporâneo, interconectado pela rede mundial de computadores e a uma velocidade cada vez maior, onde as mundivisões ocidentais e orientais se cruzam diariamente, percebemos a necessidade de aperfeiçoarmos nosso entendimento afim de compreendermos o propósito de redenção da espécie humana, nestes dias em que o retorno Daquele escolhido para liderar este projeto se avizinha.
      A Bíblia é bem clara quando diz que o Reino de Deus será conquistado pela força e esforço, e isso implica, como já disse o apóstolo Pedro, que hajamos com ousadia e intrepidez, apontando as mazelas dos governos humanos, assim como fizeram os profetas e também Jesus em Sua primeira vinda.
     A "justiça humana" é tida como a última instância para a solução de todo tipo de conflito em tempo de paz e esta tem sido a instituição mais atacada na Bíblia, devido ao desvio de caráter dos juízes. A Igreja de hoje, infelizmente, evita se posicionar, mesmo quando as injustiças chegam ao céu e apenas as vozes dos profetas são ouvidas, a anunciar o arrependimento ou o castigo.
   Temos vivenciado dias bem piores que aqueles do profeta Amós, quando "as peitas" não são tratadas só às escondidas, mas são também oficializadas em forma de leis indecentes, tal como o são muitos dos que as criam, julgam e executam. (Leia nossa matéria Brasília, a cidade profetizada
    No Brasil, usamos a palavra "cocota" para designar uma garota adolescente e inocente, de família rica, que se veste bem, anda em lugares requintados e está alheia à maioria humilde que a cerca, mas esta adolescente se torna uma adulta, que mesmo conhecendo a realidade à sua volta, torna-se vulgar, pois tendo se apegado às mordomias que sempre lhe foram concedidas, agora se vê obrigada a se unir às outras "cocotas", para fazer frente às inúmeras críticas que lhe são dirigidas, tornando-se uma velha irreverente - é exatamente assim que os brasileiros vêem o seu sistema judiciário, exceto os que dele se beneficiam diariamente.

Os brasileiros vêem sua justiça como uma cocota velha e  irreverente (personagem Disney)
 
    Diante das pressões cada vez mais incisivas da sociedade, por reforma do judiciário, mais do que nunca temos visto a face corporativa desta classe, não só a defender seus altos salários, mas todas as mordomias e poder, como uma espécie de " jusmimions", onde os líderes falam e os liderados repetem suas falas e numa negociata ainda maior, unem-se a outros poderes da republiqueta, num pacto de silêncio, onde todos se beneficiam, menos a sofrida classe trabalhadora, que paga, revoltada, todas essas mazelas. Não se incomodam se as leis que criam, aplicam e executam possuem princípios éticos ou sociais!
    Torna-se contravenção ou crime qualquer prática que contrarie as leis, leis estas quase sempre feitas para atender os interesses das classes mais privilegiadas da sociedade e que os magistrados são obrigados a cumprir, mas sob o olhar cristão, estas leis é que são criminosas, ao oprimirem os mais fracos e necessitados, para os quais veio Jesus, e Ele não deixará de redimir o gênero humano, se não pelo amor, pela dor!
    A justiça humana e a divina são, em muitos aspectos, antagônicas em sua origem: a humana surgiu nos palácios reais, cujas leis são criadas pelos cortesãos, no interesse de manter seus privilégios, à custa dos impostos cobrados dos súditos, enquanto a justiça divina, como sabemos, surgiu quando os judeus, pobres e necessitados, foram tirados com braço forte e mão poderosa do pesado, vergonhoso e injusto jugo do faraó egípcio, quando, pela primeira vez, foi dado aos judeus, um conjunto detalhado de leis.
    Brasília é a cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito (Apocalipse 11) e Deus mais uma vez se levantou fortemente para libertar o seu povo da escravidão das leis profanas dos homens. Está determinado que a Estrela Absinto venha de encontro à terra, para libertar os oprimidos e injustiçados (Daniel 2:34-35, Apocalipse 8:10-11)
  O parâmetro para a salvação é a prática da justiça e as empresas e entidades públicas e privadas são pessoas jurídicas e também serão julgadas em suas práticas diárias, pois são sustentadas também por leis humanas e por humanos são dirigidas.
   A mudança política ocorrida no Brasil em 2018 fez nascer a esperança de moralização destas entidades públicas e as pressões feitas pela população teve feito juízes virem a público dizerem que eles apenas dão a sentença, que as causas já estão prejulgadas pelas leis, mas se fosse simplesmente assim, essas causas não  chegariam na Suprema Côrte e ali ocorreriam divergências nos votos dos ministros. 
   Há, portanto, uma grande brecha para atuação satânica nos processos judiciais, como as peitas e decisões tomadas a partir de ideologias e interesses políticos, religiosos, comerciais e regionais.
   Deus vê o indivíduo e os políticos, que fazem as leis, olham para o coletivo, onde possam se perpetuar e as leis refletem isso e por isso, não satisfazem o indivíduo em suas necessidades de cidadão pensante. 

                     Não sai do bolso deles!

   Além dos abundantes casos de corrupção no meio judiciário, há muito tempo citados na Bíblia, diversas práticas judiciais tidas como legais, igualmente causam enormes transtornos aos indivíduos e causam desagregação familiar e social, como a lentidão dos trâmites jurídicos (no Brasil,os juízes só trabalham meio expediente e têm recesso duas vezes ao ano), medo de juízes em tomar decisões que envolvem somas significativas de pecúnia, erros judiciais, dentre outros.

  Os juízes são profissionais como todos que necessitam de exercerem atividades remuneradas para seu sustento, mas diferentemente de todos os demais profissionais, os prejuízos que estes causam às pessoas, seja por leniência, erro, medo ou outro motivo, não são passíveis de cobrança por parte do prejudicado, pois há o entendimento de que os erros são corrigidos nas instâncias superiores. O que ocorre é que para se recorrer às instâncias superiores, existem mais gastos, que a grande maioria das pessoas não podem suportar, além do que, a não solução imediata das contendas, implica em se obrigar ao pagamento do que é ilegal e injusto até que a lentidão chegue ao fim (Veja nossa matéria A justiça humana no banco dos réus

   O sistema judicial da forma em que se encontra no Brasil se torna causador de uma situação esdrúxula, onde seria preferível amargar o prejuízo inicial à buscar à "justiça dos homens". Como se não bastasse os prejuízos diários causados por juízes a muitos cidadãos de bem do país, os noticiários locais não cansam de exibir matérias das gritantes injustiças sociais, presentes no sistema precário de saúde pública, violência policial, tiroteios entre gangues do tráfico de droga, linchamentos, corrupção de políticos e agentes públicos, situações estas em que os culpados nunca são punidos e quando o são, as brandas penas compensam os crimes. O Jornal New York Times tem publicado diversas matérias sobre a realidade brasileira e como os brasileiros estão com os nervos à flor da pele com sua justiça, como esta impunidade no Brasil e esta do site Brasilian Report sistema judicial brasileiro

     Em termos de comparação podemos ver como um engenheiro e arquiteto pode ser ousado em servir a sociedade com projetos arrojados e belos, que desafiam as leis da física, como um médico pode trazer a felicidade a muitas famílias com operações muito arriscadas e que curam milhares de vidas, como pilotos enfrentam situações meteorológicas e mecânicas adversas, preservando vidas, estes são apenas alguns exemplos de profissões que servem à sociedade diariamente, mas cujos erros são punidos. Como pôde a sociedade brasileira permitir que um sistema judicial tão perverso pudesse se instalar neste país? Quem poderá modificar este nefando sistema? Quem ousaria enfrentá-lo? Quem ousaria expor suas mordomias e mazelas? haveria um legislativo íntegro o suficiente para fazer as modificações necessárias? Eis a questão!
  Obviamente os que trabalham no sistema judiciário brasileiro sairiam imediatamente em defesa da manutenção de suas regalias, alegando que há um volume exorbitante de processos, poucos funcionários, poucos juízes, mas os fatos os desmentem, pois é o poder per capta mais caro para  a sociedade, da qual detém apenas vinte por cento de aprovação, conforme comprova pesquisa da conceituada Fundação Getúlio Vargas, na matéria do site Brasilian Report acima.
     
                             Os intocáveis

  Quando passamos a conhecer um pouco mais profundamente o funcionamento do arcaico sistema judiciário do Brasil, passamos a entender que como os juízes têm a prática corporativa de sentenciar, mudar sentenças e cancelar sentenças, interferindo no direito alheio, sem a preocupação com os danos que podem causar, o mesmo não ocorre quando se refere ao interesse corporativo da categoria, quando se pode verificar uma agilidade que impressiona, mas estes como a cocota sexagenária, fazem ouvido de mercador. 

 
Justiça alheia à corrida de ratos da população

  Como temos relatado enfaticamente o grande contraste entre as colossais riquezas naturais deste país em relação à grande maioria da população que vivem numa miserável CORRIDA DE RATOS (link), esta realidade sofrível da população parece estar alheia ao entendimento de grande parte dos magistrados, que deveria se repercutir em suas sentenças, mas incorporados no espírito COCOTA, não se incomodam com os danos financeiros e sociais que causam, por isso desde já se urge a necessidade da privatização total deste sistema nefando, assim como funcionam os cartórios, como concessões, e assim, se obrigariam a prestar um serviço de qualidade, senão a concessionária estaria passível de perder tal concessão. 
   O sistema de concessão quebraria a danosa cadeia corporativa que bloqueia as necessárias e urgentes melhorias, e a perpetuação dos senhores feudais, que sendo na maioria das vezes péssimos, exigem serem chamados de excelentes.
     Esta ditadura feudal faz com que grande parte da população, em vez de respeitar a justiça do seu país, passa a temê-la, pelo excessivo poder a ela concedido, poder este acima do bem e do mal.

As origens da perversidade judicial  

 
A justiça humana e o leviatã

  Diante da constatação científica (pesquisas de opinião), da falta de crédito desta instituição humana, nos vimos obrigados a procurar no baú da história humana, onde tudo começou e como a sociedade se permitiu sujeitar a isso. Como mais lida, antiga e crível coletânea da história, a Bíblia pode nos indicar as origens da criação deste sistema: no período triássico da era mezozóica, correspondente a Gênesis 1:20, havia no mar um animal gigantesco, que nada podia detê-lo, a Bíblia o chama de leviatã no capítulo 41 do livro de Jó e Thomas Hobbes o compara à justiça humana. 
    Quando o povo de Israel quis tomar para si um rei, a exemplo de outros povos, Deus questionou o motivo de terem um rei, pois Ele próprio supria suas necessidades, depois quiseram construir para Ele um templo, a exemplo de outros povos e Deus questiona como poderiam construir uma casa que pudesse abrigar quem tem o universo nas palmas de suas mãos.
    Deus porém concordou que os judeus escolhessem juízes para julgar as contendas do Seu povo, por isso cremos que a crença de que os juízes são intocáveis e estão acima do bem e do mal, possa ter ligação com esta concordância de Deus. Deus porém concebe tudo com perfeição e o homem corrompe esta perfeição e parece ser o que ocorre com a justiça humana, infelizmente.
    Não tenham esta matéria como uma crítica ácida a uma instituição cuja missão seria estabelecer o sagrado direito da justiça, mas nossa intenção é exatamente levá-la aos princípios primordiais de quando Deus a concedeu aos humanos: leve como a pomba e muito distante do grotesco leviatã, pois os fatos anunciam que uma nova sociedade, mais justa e pura emergirá após as duras provas que os moradores da terra passarão e uma justiça triássica é completamente incompatível com esta sociedade.
     Que o Divino Criador e consumador de nossa fé nos faça entender e estabelecer estas coisas, para o nosso bem¹

       Por Nelsomar Correa, em 22 de maio de 2020
     

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